Bom quando ainda era um feto, no ventre de minha mãe os médicos descobriram que eu seria uma gravidez de risco. Minha mãe teria muitas complicações no parto e poderíamos as duas chegar a óbito.
Na maternidade, pediram que meu pai assinasse um termo de responsabilidade. Pois os médicos se prontificaram a salvar uma das duas vidas. Mas era quase impossível que mãe e filha ficassem vivas. Impossível para nós, humanos, sem forças. Para Deus tudo é possível e eu sei que o meu Senhor tinhas planos maravilhosos para minha vida.
Bom, no dia previsto para o meu nascimento, o médico responsável pelo meu parto não veio. Minha mãe ficou durante horas na mesa do parto, sentindo dores, perdendo liquído. Até que depois de tanto sofrer, as dores pararam e o líquido acabou. Assim como a minha vida.
É eu havia morrido por negligência médica. O parto ? Foi o mais doloroso possível. Fizeram uma cesária na minha mãe, mas não uma cesária normal. Deslocaram a bacia da minha mãe e fizeram um corte em sua vagina para que eu pudesse ser puxada a ferro - ou foceps - era só eu e a barriga da minha mãe. Não havia mais placenta ou algo que me mantivesse viva. Quando eu cheguei ao mundo, já não tinha mais vida em mim. Não chorei, não fiz nenhum movimento, nenhum esboço de vida. A única pessoa que acompanhou a dor da minha mãe foi uma faxineira da maternidade, que se compadeceu da dor dela e se prôpos até a fazer o parto antes das enfermeiras chegarem. Minha mãe não teve reação. Apenas disse : " É vocês mataram minha filha.". Fui levada as pressas pelas enfermeiras, tentaram me reanimar. Mas nada acontecia. A faxineira, como um anjo enviado por Deus disse a minha mãe que iria atrás das enfermeiras e traria notícias. Sozinha, desesperada, sem forças alguma, minha mãe fez a única coisa que lhe restava fazer... orar !
Ela pediu a Deus que cuidasse de mim. E disse que se Ele me devolvesse a vida, esta não seria mais dela. Eu não seria mais filha dela, ela iria apenas cuidar de mim pra Ele. Minha mãe entregou a minha vida ao Senhor, disse que se eu vivesse minha vida seria dEle. E assim foi. Alguns minutos depois, a faxineira entrou na sala na companhia das enfermeiras, que já sorriam e diziam: " Anima-te mulher, tua filha vive."
E foi assim que nasci. Fui criada em uma família de cristãos protestantes. Cresci em uma Assembléia de Deus. Tomei minha decisão perante a Igreja aos 11 anos de idade, em um culto na casa de um irmão da Igreja. Mas passei por um longo período de afastamento da presença do Senhor. Tive uma adolescência um pouco rebelde, mesmo sabendo que aquilo desagradava muito meu Pai.
Bom, a verdade é que passados os anos de rebeldia, a saudade bateu e eu voltei. Mudei de cidade e achei por bem mudar de ministério - nesse período que criei o blog - e mas uma vez a saudade bateu. Uma vez assembleiana, sempre assembleiana.
E como diz o dito popular : " O bom filho à casa torna. "
Voltei para a Bléia. Eu e toda família. Inclusive o futuro maridão, rs
Queria compartilhar um pouco da minha felicidade com vocês. Um pouco daquilo que o Senhor fez por mim e que pode fazer pela vida de qualquer um.
Bastar querermos e Ele fará.
Então abençoadinhos, era isso. Ficou enorme o post eu sei. Se aguentarem chegar até aqui, por favor comentem.
Vamos partilhar desse amor tão lindo que o nosso Deus tem por nós.
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